sexta-feira, 26 de março de 2010

Iniciados encontros de formação do Atendimento Especializado




A Secretaria de Educação iniciou na segunda-feira (22), os encontros da formação continuada do Atendimento Educacional Especializado (AEE). A formação tem como meta preparar os profissionais da educação para atender com mais qualidade o aluno com Necessidade Educacional Especializada (NEE). “Nesse processo todas as pessoas que trabalham na escola são envolvidas: professores, merendeiras, orientadores, auxiliares, enfim todos os profissionais porque o aluno tem contato com todos”, explicou a orientadora do programa, psicopedagoga Jacinta Frâncio.
De acordo com Jacinta a formação é realizada em parceria com o Ministério da Educação (MEC). “Em 2008 participei de um curso a distância elaborado pelo MEC e em 2009 o projeto foi implantado no município. Tudo o que se relaciona a esse aluno é ainda muito recente, pois até pouco tempo ele estava destinado a ficar em classe especial e a proposta da educação inclusiva é que o aluno frequente o ensino regular e sala de recurso para participar junto com os outros, estimulando-o a frequentar a escola. A sala de recurso se torna uma complementação e o aluno passa a estar incluído em todo o processo escolar”, destacou.
No ano passado 265 profissionais participaram dos encontros que tem três horas de duração e acontecem quinzenalmente. Para este ano a Secretaria projeta que mais pessoas devam participar dos encontros. A professora Márcia Simões é uma das novas integrantes do programa. “Iniciei agora e realmente é muito proveitoso, trabalho com crianças que tem deficiência auditiva e a proposta de como trabalhar, interagir com esses alunos é muito interessante”, disse.
Já a professora Daniele Realdo fez parte da turma que iniciou em 2009 e conclui o aperfeiçoamento nesse ano. “Você usa muito na escola as técnicas desenvolvidas aqui porque é uma dinâmica bastante diferenciada. Onde trabalho, temos mais de dez alunos com algum tipo de dificuldade, então quem não tinha participado está vindo porque aborda o planejamento e também discute a atualidade”, salientou Daniele.
Como explica a orientadora Jacinta Frâncio, os encontros são momentos de aprofundamento teórico e desenvolvimento prático. Conforme ela é possível perceber um avanço significativo na inclusão principalmente de deficientes auditivos e visuais. “Mas ainda há muito preconceito. Temos muito que avançar tanto no sentido pedagógico quanto no envolvimento dos professores. Essa participação na formação demonstra que as barreiras estão sendo quebradas, mas ainda assim, há muito preconceito na nossa sociedade. Entre as crianças isso é menos evidente, os alunos são solidários”, falou.
A ação melhora a qualidade de ensino e estimula a comunidade escolar a valorizar o potencial de cada aluno. Jacinta apontou que os alunos portadores de necessidades especiais desde janeiro deste ano têm dupla matrícula (estão matriculados na classe que passaram a frequentar e na sala de recurso). Além disso, o Governo Federal se comprometeu em enviar para as escolas o dobro de recursos destinados aos alunos com dificuldades especiais para que a direção possa investir em melhorias e adequações nas estruturas físicas para facilitar o atendimento.
Participam da formação do AEE profissionais da educação nas diversas categorias: diretor, coordenador pedagógico, professor do ensino regular e sala de recurso multifuncional, inspetor, secretário(a) escolar, merendeira, zeladora bem como monitor de creche.
Os encontros estão sendo realizados quinzenalmente nos seguintes horários e locais: segunda-feira e quarta-feira na Escola Municipal de Governo, Avenida das Embaúbas, número 1288, das 7h30 às 11h e das 13h às 16h30, já no período noturno as atividades acontecem na terça-feira na Escola de Governo e na Escola Municipal de Educação Básica Sadao Watanabe, das 17h30 às 20h30. Na quinta-feira a ação retorna para a Escola de Governo, das 17h30 às 20h30. Na sexta-feira os encontros são na EMEB Professor Jurandir Liberino de Mesquita, das 17h30 às 20h30.
A turma que iniciou em 2009 conclui a formação em setembro deste ano e aqueles que iniciaram dia 22 concluirão o curso em setembro de 2011.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Apresentação da formadora em Libras 2010




Gostaria de apresentar a todos a professora Silvia Maria Alves da Silva, que atuará na formação continuada em Libras nos niveis básico, intermediário e avançado.

Despedida!!!



Olá pessoal! Estou me despedindo das formações em Libras na cidade de Sinop, depois de 5 anos de contribuições, aprendizados e desafios.Com certeza quero deixar aqui meus agradecimentos a professora Jacinta Francio que foi a pessoa que providenciou junto a Prefeitura minha contratação no ano de 2004 e sempre deu apoio a meu trabalho.Jacinta muito obrigada!Também quero agradecer a todos os professores que fizeram formação em Libras no decorrer destes anos, aquelas que descobriram que suas mãos podiam levar a comunicação aos surdos através da Libras, a vocês sucesso nesta caminhada como intérprete.Muito obrigada a toda equipe do departamento de educação especial e da formação continuada vcs estarão sempre em minha lembrança.Acredito na formação continuada para os professoes,pois assim se constroi um novo pensar em relação aos alunos surdos e assegura-se medidas pedagogicas mais pontuais.
Muito obrigada a todos
Larissa de Abreu

terça-feira, 23 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

Formação em 2009 LIBRAS



A diversidade linguística cultural expressada pelos alunos surdos é um fator gerador de novas políticas educacionais, sendo o decreto lei 5.626/05 um marco no reconhecimento da Libras, na garantia de uma educação bilíngüe e na formação do intérprete educacional.Com a inclusão desses alunos nas escolas da Rede Municipal, surge a necessidade de suportes lingüístico pedagógicos como instrumentalização para os professores nas suas interferências diárias, sendo o intérprete educacional uma das medidas de acessibilidade para os alunos surdos, no entanto o que temos vivenciado na prática escolar demonstra que este mediador não é garantia de sucesso na aquisição dos conhecimentos acadêmicos, tão pouco assegura a permanência dos alunos nas escolas, não se esgota neste profissional as medidas inclusivas para os alunos com surdez no ensino regular. È preciso um atendimento complementar em sala de recurso multifuncional , garantindo os três atendimentos: em Libras, de Libras e L2( ensino de língua portuguesa como segunda língua) desenvolvidos preferencialmente por instrutor surdo com Prolibras/MEC, professor de Letras com fluência em Libras.Enfatizamos que o AEE deve ter garantias na Projeto Político Pedagógica das instituições, conforme o decreto 6.571/08 que assegura propostas de atendimento ao alunos NEE com mais qualidade no processo ensino aprendizagem e um trabalho interativo entre professores do ensino regular, sala de recurso, intérprete educacional e coordenadores.Assim a Coordenadoria de Programas e Projetos, através do Departamento de Formação Continuada realizou durante o ano de 2009 a formação em Libras, buscando assegurar momentos reflexivos de trocas de experiências, incentivando aos participantes a terem estudos pontuais com os professores do ensino regular, concernentes as metodologias garantindo respostas significativas, sendo essas aplicáveis a proposta do AEE no contexto de cada EMEB.Entendemos que a inclusão dos alunos com surdez exigirá empenho de todos os envolvidos, para que estes educandos possam ter independência para exercer suas cidadania de uma maneira segura, livres de descréditos e preconceitos. Para tanto é de suma importância trabalhar os professores em suas unidades escolares, facilitando a capacitação de novos intérpretes, pois esse profissional será importantíssimo nas contribuições acadêmicas destes alunos. Trabalhamos a formação em Libras nos níveis Básico, Intermediário e Avançado com 6 turmas distintas atendendo a demanda de 80 professores, totalizando 200 horas. O fechamento do ano de 2009 deu-se com a culminância das apresentações na I Mostra Pedagógica das Escolas e Creches Municipais, tendo os cursitas da Educação Inclusiva participação significativa.
Como formadora concluo que a formação em Libras teve um desempenho satisfatório sendo necessário alguns avanços no sentido de facilitar a atuação do professor intérprete nas escolas, assegurando sua permanência como mediador e parceiro nas adaptações previstas, garantindo assim mais qualidade no desempenho acadêmico do aluno surdo

Por Larissa Letrari Borges de Abreu

quinta-feira, 11 de março de 2010






O que assegura o Decreto 6.571/08

A Política Nacional da Educação Especial visa atender os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Na perspectiva de viabilizar caminhos para implementar o atendimento na Educação Inclusiva, foi aprovado o Decreto Presidencial de Nº6.571/08, cujo principal objetivo da União é a prestação de apoio técnico financeiro aos sistemas públicos de ensino nas esferas Federais, Estaduais e Municipais, com intuito do atendimento Educacional Especializado. Este Decreto 6.571 regulamenta o parágrafo único do art.60 da lei Nº6.253, de 13 de novembro de 2007. O Art. 1º refere-se ao apoio técnico e financeiro aos sistema público, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado, isto é: O aluno NEE deve estar matriculado no ensino regular e no horário oposto na sala de recurso multifuncional devendo constar registro de atendimento semanalmente O atendimento em sala de recurso pode ocorrer na própria escola ou escola próxima a sua casa. O AEE deve integrar a proposta pedagógica da escola a participação da família e demais políticas públicas. De acordo com o decreto o AEE é um conjunto de ações no âmbito pedagógico, recursos, de acessibilidade, organizados na instituição e prestado de forma complementar, ou suplementar, ou seja sala de recurso multifuncional não substitui o ensino regular. Este decreto reorganiza a política nacional de educação especial, a partir deste decreto 6.571, os alunos matriculados no ensino regular e sala de recurso multifuncional serão contabilizados duplamente no âmbito do FUNDEB. Esse atendimento ampliado visa a melhoria da qualidade do processo educacional dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
Regulamentando o atendimento o Decreto 6.571/08 estabelece alguns critérios a ser cumpridos: O aluno deverá estar matriculado no ensino regular e sala de recurso multifuncional da mesma escola ou escola mais próxima da sua casa, centros, instituições. Assegura a necessidade da elaboração e execução do plano AEE (Atendimento Educacional Especializado), que são de competência do professor de recurso multifuncional ou centros, ou em articulação com o professor do ensino regular, envolvendo também a participação da família e se necessário a assistência social. Entre os critérios está o Projeto Político Pedagógico da escola do ensino regular onde deve institucionalizar, a oferta do AEE, prevendo sua organização. Assegurar espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos. Garantir a matrícula no ensino regular e sala de recurso multifuncional bem como o cronograma de atendimento, viabilizar avaliação, assegurar professores para o exercício do AEE, como professor de recurso, intérprete de libras, guia intéprete, e outros que auxiliem em caso do aluno ser dependente no AVA (Atendimento da Vida Autônoma). Fazer educação é comprometer-se, fazer valer o que é de direito do aluno bem como do ser humano. Para que a qualidade do ensino aconteça de fato é preciso assumir uma postura de educador compromissado com a educação inclusiva.
É importante deixar claro que para assegurar a qualidade no processo ensino aprendizagem do aluno NEE, o atendimento em sala de recurso multifuncional deverá iniciar juntamente com o ensino regular, ou seja, desde o primeiro dia de aula do ano letivo cumprindo os 200 dias de atividades, bem como professores de sala de recurso e ensino regular qualificados e envolvidos em um proposta inclusiva. Garantir intérprete de libras para o aluno Deficiente auditivo no ensino regular com formação de nível superior, especialização e exame de Proeficiência em libras. Caso não tenha este profissional com formação de nível de graduação o Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005, abre para profissionais de nível médio com ensino normal, que tenha cursos de educação profissional, cursos de extensão universitária; exame de Proeficiência em Libras ou ainda formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por secretarias de educação. É importante que a sociedade e a comunidade fique atenta aos atendimentos dos alunos NEEs (Necessidades Educacionais Especiais), em sala de recurso multifuncional no horário oposto do ensino regular, pois conforme Decreto Nº6.571, desde janeiro de 2010 existe duplicidade de matricula e financiamento no intuito da melhoria na qualidade do ensino do aluno NEE. Para que isso aconteça é preciso um envolvimento de todos os profissionais que estão a frente na Secretaria de Educação, Escola e família. Essa maturação profissional, postura ética contribuirá e muito no processo de inclusão educacional e social das pessoas com Necessidades Educacionais Especiais.



Jacinta S. S. Frâncio, Graduada em Pedagogia; Especialista em: Psicopedagogia, Educação Especial, Gestão Escolar, Didática do Ensino Superior.