sexta-feira, 19 de março de 2010

Formação em 2009 LIBRAS



A diversidade linguística cultural expressada pelos alunos surdos é um fator gerador de novas políticas educacionais, sendo o decreto lei 5.626/05 um marco no reconhecimento da Libras, na garantia de uma educação bilíngüe e na formação do intérprete educacional.Com a inclusão desses alunos nas escolas da Rede Municipal, surge a necessidade de suportes lingüístico pedagógicos como instrumentalização para os professores nas suas interferências diárias, sendo o intérprete educacional uma das medidas de acessibilidade para os alunos surdos, no entanto o que temos vivenciado na prática escolar demonstra que este mediador não é garantia de sucesso na aquisição dos conhecimentos acadêmicos, tão pouco assegura a permanência dos alunos nas escolas, não se esgota neste profissional as medidas inclusivas para os alunos com surdez no ensino regular. È preciso um atendimento complementar em sala de recurso multifuncional , garantindo os três atendimentos: em Libras, de Libras e L2( ensino de língua portuguesa como segunda língua) desenvolvidos preferencialmente por instrutor surdo com Prolibras/MEC, professor de Letras com fluência em Libras.Enfatizamos que o AEE deve ter garantias na Projeto Político Pedagógica das instituições, conforme o decreto 6.571/08 que assegura propostas de atendimento ao alunos NEE com mais qualidade no processo ensino aprendizagem e um trabalho interativo entre professores do ensino regular, sala de recurso, intérprete educacional e coordenadores.Assim a Coordenadoria de Programas e Projetos, através do Departamento de Formação Continuada realizou durante o ano de 2009 a formação em Libras, buscando assegurar momentos reflexivos de trocas de experiências, incentivando aos participantes a terem estudos pontuais com os professores do ensino regular, concernentes as metodologias garantindo respostas significativas, sendo essas aplicáveis a proposta do AEE no contexto de cada EMEB.Entendemos que a inclusão dos alunos com surdez exigirá empenho de todos os envolvidos, para que estes educandos possam ter independência para exercer suas cidadania de uma maneira segura, livres de descréditos e preconceitos. Para tanto é de suma importância trabalhar os professores em suas unidades escolares, facilitando a capacitação de novos intérpretes, pois esse profissional será importantíssimo nas contribuições acadêmicas destes alunos. Trabalhamos a formação em Libras nos níveis Básico, Intermediário e Avançado com 6 turmas distintas atendendo a demanda de 80 professores, totalizando 200 horas. O fechamento do ano de 2009 deu-se com a culminância das apresentações na I Mostra Pedagógica das Escolas e Creches Municipais, tendo os cursitas da Educação Inclusiva participação significativa.
Como formadora concluo que a formação em Libras teve um desempenho satisfatório sendo necessário alguns avanços no sentido de facilitar a atuação do professor intérprete nas escolas, assegurando sua permanência como mediador e parceiro nas adaptações previstas, garantindo assim mais qualidade no desempenho acadêmico do aluno surdo

Por Larissa Letrari Borges de Abreu